Índice
3 Como Odin recebeu as Runas? História mitológica.
Poema que narra o sacrifício de Odin
4 Qual o significado da palavra Runas?
6 Runemal, a arte de lançar Runas.
7 Como as runas podem me ajudar?
O que são Runas?
Se você assistiu à série “Vikings”, leu algum livro do escritor “J.R.R. Tolkien” ou tem interesse por assuntos esotéricos já escutou falar, mesmo que superficialmente, sobre Runas.
Grande parte do conhecimento foi perdido, por falta de registros sobre seus significados místicos e aplicações mágicas, pois era transmitido oralmente pelo mestre ao iniciado, através da capacidade de compreender interpretar o significado oculto de cada runa diante da posição a qual está disposta é possível acessar conhecimentos ancestrais, sagrados e espirituais, trabalhar o autoconhecimento, compreender o passado, aprender agir da melhor maneira no presente e evitar eventos indesejáveis no futuro.
Em sua confecção utilizavam objetos naturais, como pedras, gravetos, couro, ossos e metal, segundo o entendimento dos grupos pré-cristãos em meados do século I d.C. esses corporificavam melhor os poderes sagrados dos símbolos, muitas vezes os símbolos eram escritos com sangue, para aumentar seus poderes mágicos.
Foram muito usadas com o intuito de receber a proteção dos deuses e para finalidades mágicas, com influenciar o tempo, as marés, amor, cura, plantações, para remoção de pragas, nascimento, morte, fertilidade, além de funcionar como ferramenta divinatória, os símbolos eram talhados em pedras, argila, barcos, copos, lanças, espadas, amuletos, joias, moedas e na fachada das casas.
As Runas Futhark
Por volta do século I o hábito de consultar o oráculo das Runas, já estava difundido por toda Europa, nesse período, foi adotado o nome FUTHARK, que corresponde as 6 primeiras letras, Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho e Kenaz.
Existem alguns sistemas Futhark com variações de quantidades e símbolos, mas o mais conhecido e usado é o que possui 24 caracteres com um 25.º, sendo a runa em branco, esse é o Futhark antigo, divido em 3 grupos com 8 peças cada, com simbologias e significados interligados.
O nome dado a essa divisão é Aett (singular de aettir) que significa em norueguês arcaico “família, tribo ou clã”. Esse termo foi usado na divisão das runas em três famílias com nomes de deuses escandinavos. Cada Aett é regido por um casal de divindades.
O primeiro Aett.
Regido por Frey e Freyja — deuses da fertilidade — cuidam dos assuntos materiais e define as qualidades que devem ser desenvolvidas para ser alcançado o objetivo desejado, como qual tipo de ação deve realizar, aprimoramento na comunicação, dedicação, conhecimento, habilidade em criar parcerias.
Runas da primeira família: Fehu, Uruz, Thurisaz, Ansuz, Raidho, Kenaz, Gebo e Wunjo.
O segundo Aett.
Regido por Heimdall e Mordgud — deuses guardiães — responsáveis pelos assuntos emocionais sendo subdividido em duas metades: a primeira descreve quais obstáculos exteriores devem ser superado para colher bons frutos, enquanto a segunda define os conflitos internos devem ser enfrentados para trilhar o caminho para o sucesso.
Runas da segunda família: Hagalaz, Nauthiz, Isa, Jera, Eihwaz, Perth, Algiz e Sowilo.
O terceiro Aett.
Tegido por Tyr e Ziza — divindades antigas — regem os aspectos mentais, espirituais e mostra quais aspectos o indivíduo deve trabalhar para tornar-se autossuficiente e evoluir na esfera do espírito.
Runas da terceira família:Tiwaz, Berkana, Ehwaz, Mannaz, Laguz, Inguz, Othala e Dagaz.
Como Odin recebeu as Runas? História mitológica.
Segundo a lenda, Odin (divindade máxima do panteão dos deuses escandinavos), não inventou o alfabeto rúnico, mas o pegou após seu grande sacrifício, segundo a lenda, Odin ficou 9 dias e 9 noites pendurado de ponta na cabeça na árvore Yggdrasil (na mitologia nórdica representa o mundo), seu objetivo era alcançar a sabedoria, como todo mito, simbologias ocultas são abundantes.
Em seu aprendizado, passou por, ser ferido pela própria lança, ser atormentado pela fome, pela sede e pela dor, como em todo aprendizado, passou por toda experiência solitariamente, cada gota de seu sangue que caia, virava uma runa, nos últimos momentos que antecederam a queda da árvore, ele avistou as Runas e com muito esforço conseguiu pegá-las.
Foi através do sacrifício no caminho de sua autotransformação que Odin teve acesso aos mistérios=runas.
Poema que narra o sacrifício de Odin
“A FALA DO MAIS ALTO”
Vi-me suspenso naquela árvore batida pelo vento,
Ali pendurado por nove longas noites,
Por minha própria lâmina ferido,
Sangrando para Odin,
Eu, uma oferenda a mim mesmo:
Atado à árvore
Que homem nenhum conhece
Para onde vão suas raízes.
Ninguém me deu de comer,
Ninguém me deu de beber.
Perscrutei as mais terríveis profundezas
Até vislumbrar as runas.
Com grito estentóreo as ergui,
E então, tonto e desfalecido, cai.
Bem-estar eu conquistei
E também sabedoria.
Cresci, alegrando-me de meu crescimento:
Cada palavra conduziu-me a novas palavras,
Cada ato proporcionou-me novos atos e escolhas.
Do escandinavo Antigo A Edda Poética — “Havamal”, estrofes 138 e 139.[1]
Qual o significado da palavra Runas?
Runas — do escandinavo rûnar, “escrita secreta”, pelo gótico rûna, segredo, a raiz indo-europeia RU significa “algo misterioso”, a palavra RUN, em norueguês arcaico significa “segredo” os termos saxões e góticos ROUN, ROWN, significam “sussurro misterioso”.
Como o próprio nome sugere em seus significados, poucas pessoas estão aptas para interpretar as mensagens transmitidas pelas runas, devido ao mistério em torno de sua compreensão.
Muita informação foi perdida com o tempo, pois na antiguidade não se realizava registros sobre os significados e aplicações dos conhecimentos místicos ocultos sagrados que eram transmitidos oralmente, do “mestre” para discípulo.
Qual a origem das Runas?
Como geralmente ocorre com muitos sistemas mágicos antigos, entre os estudiosos não existe consenso sobre onde e como surgiu a primeira escrita rúnica, inclusive pelo fato de serem encontrados objetos, registros e indícios em locais e regiões diferentes, visto que toda região onde habitavam os povos indo-europeus teve acesso a esse sistema em algum nível.
As 4 principais teorias
Quanto à origem histórica das runas, também há várias teorias, das quais quatro são as mais relevantes: a latina, a grega, a etrusca e a nativa, todas elas alvo de controvérsias acadêmicas.
A teoria mais antiga (1874) é a latina ou romana, que atribui o surgimento das ruínas à adaptação do alfabeto latino feita pelas tribos germânicas. A semelhança de algumas runas com as letras F, R, M e B parece comprovar essa teoria, mas a data atribuída em torno de 300 d.C. é incorreta, pois existem inscrições rúnicas anteriores.
Em 1899 surgiu a teoria grega, segundo a qual os godos adaptaram a escrita cursiva grega e a disseminaram do Mar Negro até a Escandinávia, dando origem ao alfabeto rúnico. Embora tenham sido encontradas várias inscrições rúnicas antigas na Rússia e na Romênia (como o famoso colar de ouro de Pietroasa, que traz uma fórmula de poder gravada com runas), mais uma vez as datas são contraditórias, o que invalida a hipótese.
Uma teoria interessante é a da origem etrusca das runas. Os etruscos eram um povo enigmático que vivia no norte da Itália e tinha uma civilização e uma cultura avançada das. Criada em 1928 e aperfeiçoada em 1937, essa hipótese tem a seu favor a descoberta arqueológica, na Áustria, de 26 elmos de bronze, datados do século IV a.C. e gravados com palavras alemãs grafadas com caracteres etruscos (semelhantes às runas).
Sabe-se também que no Tirol usavam-se varetas com esses caracteres para adivinhação e que os cantos folclóricos tiroleses — jodl — assemelhavam-se às melodias yoik dos sami, reminiscências das tradições xamânicas. De acordo com os autores dessa teoria, a escrita etrusca teria sido adaptada da e difundida por várias tribos teutônicas, indo além do Mar do Norte.
A última teoria — é a que tem maior respaldo histórico — apóia-se na semelhança das runas com antigas inscrições rupestres encontradas em vários lugares da Europa, ao longo da Idade do Bronze e do Ferro (1300-800 a.C.).
Chamada Hallristinger (Codex Runicus), essa escrita consiste em símbolos pictográficos de significado religioso, como figuras variadas de círculos, rodas solares, suásticas, espirais, triângulos invertidos, árvores, mãos espalmadas, marcas de pés, barcos e ondas — símbolos atribuídos aos cultos neolíticos da Deusa Mãe e da adoração ao Sol (considerado pelos povos nórdicos uma divindade feminina). Alguns autores afirmam que esses três glifos teriam sido a origem de uma linguagem simbólica e mágica utilizada pelos xamãs do período neolítico. O povo etrusco, um dos herdeiros dessa tradição, teria adaptado os símbolos e os incorporando à sua linguagem escrita, ensinada também aos seus vizinhos, as tribos teutônicas.
Já no século I d.C, o hábito de consultar o oráculo das runas já havia se espalhado por toda Europa, mas com avanço do cristianismo, ela foi esquecida, porém seu uso se manteve até o fim da idade média na Islândia, Noruega, Suécia e Dinamarca (norte Europeu).[2]
Runemal, a arte de lançar Runas.
Runemal nada mais é que o ato de jogar, lançar e interpretar as runas. Para lançar, ou jogar é necessário ter uma conexão entre quem lança e as peças rúnicas, os métodos são vários e não importa qual será utilizado, desde que feito com o mais absoluto respeito.
Importante estabelecer um “campo transitório”, que quando aberto, ancora determinadas energias, um exemplo é forrar uma pequena toalha para jogar as peças, esse “campo transitório” deve ser utilizado exclusivamente para essa finalidade.
Para iniciar a jogada, é preciso saber o que está fazendo, ter conhecimento correto de como abrir um círculo de proteção, pedir permissão às Nornes (deusas do destino, sorte e azar e do passado, presente e futuro), invocar as divindades, pedir permissão aos guardiões de quem solicita a leitura e sempre após cada interpretação agradecer.
Há outras práticas, como usar representantes de cada elemento, realizar cânticos, ter objetos mágicos, mas cada um terá sua própria ritualista conforme a linha de estudo.
A arte de lançar as runas, jamais deve ser encarado como brincadeira, deve-se desenvolver profundo respeito e conhecimento.
Antes de realizar as leituras e interpretações, para terceiros, um longo trabalho de autoconhecimento, de estudos e iniciações são realizados, tradições mágicas devem ser conhecidas, desenvolvimento da intuição, conhecimento dos ciclos, preparo, ativação e consagração do oráculo, são alguns exemplos.
Como as runas podem me ajudar?
A leitura das Runas possui diversas finalidades, desde autoconhecimento a previsões, veja abaixo alguns dos principais assuntos nos quais poderá receber o auxílio da leitura.
1.º Questões relacionadas a bloqueios da auto expressão
2.º Aspectos psíquicos reprimidos
3.º Forças que causam algum problema ou dificuldades atuais
4.º Encontrar soluções para problemas difíceis
5.º Quais aprendizados e benefícios terá diante de um problema superado
6.º Questões nas quais mais de uma opção devem ser avaliadas.
7.º Avaliação do estado emocional
8.º Qual obstáculo deve ser superado
9.º Habilidades não desenvolvidas
10.º Questões afetivas e amorosas
11.º Revelação de influências ocultas negativas e positivas
12.º Compreensão do passado, presente e futuro
13.º Análise anual
14.º Fim e início de ciclos
15.º Aconselhamento de casais
16.º Mudanças, viagens, movimento
17.º Respostas sim ou não
18.º Visão geral e esclarecimento de problemas
19.º Previsões de acontecimentos
20.º Questões sobre fertilidade
Assim como outros oráculos, as runas não vão dizer qual o caminho deve seguir, mas revelará o que esperar diante de cada decisão, quais ações mais apropriadas para atingir um objetivo desejado, quais as hipóteses para que algo aconteça, quais os bloqueios encontrarão no caminho e se serão transpostos.
Ao solicitar uma análise, é preciso que formule mentalmente com clareza a questão, para fazer uma consulta sobre outra pessoa, é preciso antes de iniciar a jogada, perguntar as runas se essa atitude é oportuna e correta. Não importa a distância que esteja do oraculista, a precisão da resposta seria equivalente se estivesse frente a frente.
Uma consulta com Runas, além de oferecer respostas sobre perguntas, conectam Você com o fluxo de energia espiritual, revelando diversos ângulos de percepção e oferecendo ferramentas para transformação e autoconhecimento.
Quando as Runas são lidas, mergulhamos no subconsciente e descobrimos quais são os obstáculos e bloqueios que nos impedem de atingir nossos objetivos, e enxergamos maneiras de como contorná-los.
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Paz e Properidade Sempre!
Equipe Arcanus Consultores
Fontes: Faur, Mirella. Mistérios Nórdico. Edição 11. SP: Ed. Pensamento[2]
Blum, Ralph. O livro de runas. Edição 3. Tradução Luísa Ibanez [1]